Você já se perdeu alguma vez durante alguma atividade?

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    brunobnegreiros
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      Pessoal, acabo de fazer um ótimo curso de orientação e navegação com o Armazém Aventura, parceiro do Gear Tips Club.

      Entre caminhadas com mapa e bússola, debates sobre causos e trajetos, me veio a curiosidade…

      Você já se perdeu alguma vez durante alguma atividade? O que você fez nesse momento? Conta aí a sua história…

      Bruno Negreiros
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        Mario Nery
        Administrador
        BR
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          Curioso é que a galera não gosta de falar desse assunto, pra alguns é um tabu, “não, nunca me perdi…” Mas sim, já me perdi mais de uma vez, principalmente quando comecei a fazer trilhas e atividades outdoor. Ficar perdido é algo que faz parte dos possíveis problemas que os praticantes de esportes outdoor precisam lidar, e aí vem o planejamento e o conhecimento técnico.

          Já me perdi algumas vezes, mas nunca entrei numa roubada em que eu não soubesse sair sozinho e felizmente nunca precisei chamar o resgate. Afinal de contas, ficar pedido não é vergonhoso, mas ter que tirar aquela foto com os Bombeiros não dá, aí sim é demais, rsrsrrssrsrs! 😛

          Lembro de uma vez que eu me perdi fazendo trilha sozinho (não façam isso, rsrsr). Era bem moleque, nem 18 anos eu tinha. Felizmente eu mantive a calma, achei um riozinho e fui seguindo ele montanha abaixo até chegar numa estradinha.

          brunobnegreiros
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            Uma aconteceu algo comigo sobre esse tema!!

            Guiando uma travessia Petrópolis x Teresópolis em 2 dias, estávamos no final do segundo dia, já no Abrigo 4, depois de caminharmos do Açu ao cume do sino, fazendo o nosso lanche final bem tranquilos antes da descida. Nesse momento, um dos participantes mais experientes pediu para ir descendo na frente, pois queria curtir a caminhada tranquilo.

            Ele era bem conhecido de todos, bem experiente e, inclusive, já tinha realizada a travessia algumas vezes. Entendi que não era um problema e mandei ele seguir, curtindo a sua caminhada.

            Cerca de 20 minutos depois eu comecei a descer com o grupo. Tudo ocorria bem até quando, há cerca de 3km para terminar, vejo uma mochila cargueira abandonada no meio da trilha… eu não sabia se esperava pelo pior ou se me imaginava num RPG, onde itens milagrosamente surgem no meio da sua atividade.

            Observei que a mochila abandonada era do amigo que tinha descido na frente. Respirei e comecei a pensar: “o que aconteceu aqui?”. Imaginei que ele tinha sido raptado, abduzido, ficado louco ou tido algum surto de querer ir ultraleve. Também descartei a opção dele ter feito algum ataque, já que não tinha nenhuma saída próxima. Não tinha o que fazer, só colocar a segunda cargueira no peito e seguir o caminho. Afinal, ainda restavam mais de 10 pessoas sobre a minha responsabilidade. Fui seguindo um pouco mais rápido na frente, mesmo com as mochilas, até que, na Cachoeira Véu da Noiva encontrei o participante gritando de dor.

            Em resumo, ele tinha escorregado nas pedras lisas da descida do Sino e, ao pousar com os braços para baixo, quebrado ou deslocado o ombro. Com medo de ficar sozinho, resolveu largar tudo na trilha e seguir na frente com o ombro balançando.

            Imediatamente imobilizei o ombro dele, descemos a trilha o mais devagar possível dando suporte e, ao entrarmos na van, descemos para o RJ e para o hospital. Passei a madrugada lá com a ajuda do André Leopoldino.

            Foi uma história meio trágica/engraçada, mas os minutos que passei com “alguém perdido” foi bem preocupante e penso nisso até hoje.

            Se eu não gosto muito que nenhum participante vá muito na frente de forma independente e sempre sou o chato que peço para que possamos andar em grupo, entendam que tudo pode acontecer quando se está sozinho e que o amigo aqui já tem alguns aprendizados/traumas sobre isso…rsrsrs

            Bruno Negreiros
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