Sobre o uso de Equipamentos Eletrônicos.

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    hprotazio
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      Qual é a sua opinião sobre o uso de tecnologia em caminhadas, como GPS, aplicativos de navegação e equipamentos eletrônicos? Como você acha que eles afetam a experiência de caminhada?
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        Mario Nery
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          Então, sobre o uso do GPS ou outros equipamentos específicos, como o SPOT ou o Inreach eu não tenho nada contra. Já com relação ao uso do celular e apps para navegação eu tenho algumas ressalvas, quando a trilha é mais exposta e não existem muitos obstáculos que possam afetar a recepção do sinal de GPS pelo telefone eu não vejo tanto problema em usar esse tipo de aparelho. Porém, se for uma trilha mais fechada, em um cânion, floresta densa ou em uma região mais isolada eu com certeza optaria por um bom GPS dedicado. Costumo usar o celular em trilhas que são mais abertas (geralmente trilhas curtas em regiões de litoral) ou em pedaladas onde não existem muitos obstáculos que possam atrapalhar a recepção do sinal.

          Agora, independente do aparelho e da situação a pessoa tem que estar ciente de que qualquer eletrônico está sujeito a falhas dos mais variados tipos, desde problemas físicos até uma simples falta de bateria. Então é preciso se planejar bem e ter opções extras para esse tipo de imprevisto, por isso aprender a navegar com mapa e bússola e ter um bom plano de abandono da trilha são pontos importantes.

          Getulio Vogetta
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            Salve!

            Tenho empregado a navegação eletrônica por GNSS com aparelhos dedicados desde 2008 quando substituí definitivamente (e com vantagens) o uso da carta e bússola para fins de navegação em trilhas e travessias, inclusive em percursos exploratórios. Enfatizo que antes, e por vários anos, utilizei carta, bússola e altímetro barométrico e só percebi vantagens práticas da navegação digital em relação àquela realizada com as ferramentas “tradicionais”. Os aparelhos de GPS (GNSS) dedicados geralmente são robustos (suportam quedas e umidade) e com mínimos cuidados vão ter uma longa vida útil, mesmo sob condições extremas. Outro aspecto importante a ser considerado é que acabam as limitações climáticas à navegação terrestre, uma vez que o usuário não fica mais limitado ao visual do terreno e a pontos de referência, como ocorre no uso de cartas topográficas e bússola. Nesses pouco mais de 15 anos de uso da tecnologia apenas troquei de aparelho uma vez, a 2 anos atrás, por desgaste do mesmo (a carcaça emborrachada começou a se desfazer – atrito com rochas e com a mochila) ocasião em que aproveitei para fazer um “upgrade” de modelo, acrescentado mais funcionalidades à “caixa de ferramentas” digital.

            Como na época de minha migração estudei o assunto e já escolhi um modelo de aparelho receptor GNSS de melhor performance e compatível com uso de mapas de fundo, nunca tive problema de perda de sinal de satélites, mesmo em florestas densas ou cânions profundos, mas nesta última situação há limitações de precisão em razão da múltipla reflexão – que causa distorções para uma navegação precisa em detalhes, que não chega a ser problemática até pela geografia de tais locais, e que da mesma forma limitaria o uso de uma bússola na maioria dos casos. Então posso afirmar com propriedade que, com alguns cuidados e conhecimento de uso da tecnologia, não existem desvantagens da navegação eletrônica em relação à navegação tradicional, especialmente se o equipamento escolhido for de gerações mais recentes e de fabricantes consagrados.

            Smartphones não recomendo como ferramentas para navegação séria, e os principais motivos são pelo fato de que costumam consumir muita bateria, e como são empregados também como meio de contato (caso de emergência, por exemplo), e até mesmo para fotos, convém evitar que seja utilizado acumulando muitas funções. Para trilhas de curta duração e em locais abertos (com boa recepção de sinais), como comentou o Mário Nery, vão até bem, mas são também muito suscetíveis a danos por quedas e devido à exposição à umidade ou até mesmo ao calor.

            Outro aspecto que merece ser enfatizado, é que a navegação digital não deixa de exigir que o usuário raciocine, além de usar conceitos e conhecimentos da cartografia e da navegação “tradicionais”, razão pela qual é recomendável que o usuário aprenda a leitura de cartas topográficas e a navegação com bússola para aprender alguns conceitos básicos de forma a entender o uso dos aparelhos GNSS. Um bom curso e o conhecimento aprofundado do equipamento GNSS escolhido são fundamentais para o sucesso neste tipo de navegação!

            Abraços!

            ______________________ Getulio R. Vogetta
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