Lanternas de cabeça recarregáveis: um olhar crítico sobre sustentabilidade e obsolescência programada

Nos últimos anos, as lanternas de cabeça recarregáveis passaram a dominar o mercado outdoor, conquistando espaço graças à promessa de maior leveza, tamanho mais compacto e praticidade. Equipadas com baterias integradas, essas lanternas vêm sendo vistas como uma tendência natural da indústria, acompanhando o movimento de tornar os equipamentos menores e eficientes. No entanto, essa evolução traz consigo desafios importantes que precisam ser discutidos — especialmente no contexto de sustentabilidade e consumo responsável.
Lanterna de cabeça Nitecore Nu21
Lanterna de cabeça recarregável Cosmo 350R Black Diamond

A vantagem da praticidade, mas com limitações de uso

A decisão de integrar as baterias à estrutura das lanternas de cabeça visa principalmente a redução do tamanho e do peso do produto. Isso faz sentido em contextos de uso menos intenso, como acampamentos, onde usaremos a lanterna para cozinhar e dentro da barraca ou caminhadas que envolvem trechos noturnos curtos, onde a lanterna pode ser facilmente recarregada durante a noite utilizando um power bank ou outra fonte de energia portátil. Por outro lado, para atividades mais intensas e de longa duração — como ultramaratonas, travessias noturnas e expedições em regiões remotas - essa praticidade pode se transformar em um problema. Diferente dos modelos tradicionais, nos quais bastava trocar as pilhas AAA por novas (ou recarregáveis previamente carregadas), as lanternas modernas dependem exclusivamente da carga inicial e da disponibilidade de um power bank, o que nem sempre é viável. Lanternas de cabeça recarregáveis

Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial

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Pedro Lacaz Amaral

Praticante de atividades ao ar livre desde o final dos anos 80, Pedro sempre teve espírito aventureiro. Cursou Engenharia Química e Administração e fez especialização em Marketing e Business Intelligence, o que aumentou ainda mais sua veia empreendedora. Junto com Kiko Araújo, trouxe para o Brasil em 2001 uma das principais marcas de mochilas do mundo, a Deuter. Durante quase 25 anos, fez a gestão de algumas das principais marcas de equipamentos, dentre elas Azteq, CamelBak, Deuter e Sea to Summit. Atualmente é advisor internacional da Deuter. Já treinou presencialmente mais de 14.000 pessoas sobre Equipamentos para Camping, Hiking, Trekking e Trail Running, idealizou os Congressos Online de Trekking e Trail Running e já postou mais de 500 vídeos no canal Gear Tips no YouTube. Seu objetivo é preparar o maior número de pessoas para que possam ter experiências transformadoras na natureza.

Artigos: 157
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