Como escolher uma mochila para trekking

Escolher uma mochila para trekking pode parecer algo trivial, mas existem alguns fatores muito importantes que precisam ser levados em consideração para que a escolha seja adequada.

Neste artigo, vou mostrar como escolher a mochila ideal para o seu trekking, explicando os tipos de caminhada, os fatores que influenciam essa escolha e os principais modelos da deuter para diferentes perfis de praticantes.

Entendendo as atividades ao ar livre

Ao olharmos para uma cadeia de montanhas, podemos nos surpreender com a diversidade de atividades que acontecem simultaneamente no mesmo ambiente natural. A imagem abaixo — frequentemente utilizada em meus cursos e apresentações — ilustra isso de forma clara:

Atividades ao ar livre

Em um mesmo local, como a primeira montanha da ilustração, encontramos:

  • Ciclista fazendo uma atividade de um dia ou travessia de mountain bike com mochila específica para pedalar com autonomia;
  • Pessoa fazendo um trekking tradicional, com mochila cargueira maior e mais pesada;
  • Pessoa fazendo um day hike ou um trekking ultralight, com mochila reduzida e, no caso do trekking ultralight, com equipamentos minimalistas;
  • Pessoa praticando trail running, com mochila pequena e leve, pensada para performance;
  • Ciclistas fazendo bikepacking ou cicloturismo tradicional.

O ambiente é o mesmo. O que muda são as escolhas: tipo de atividade, duração, nível de autossuficiência, tipo de pernoite, volume e peso do equipamento — e, por consequência, a mochila ideal para cada situação.

Equipamentos semelhantes, necessidades diferentes

Apesar das atividades serem distintas, existe um ponto em comum entre elas: a necessidade de transportar equipamentos. Seja correndo, caminhando ou pedalando, todos levam algum tipo de mochila ou sistema de transporte de carga. No entanto, esses sistemas variam bastante em função do tipo de atividade:

  • As mochilas de trail running priorizam leveza, ajuste ao corpo e acesso rápido à hidratação e nutrição;
  • As mochilas de trekking tradicional focam em capacidade de carga, conforto (transferência de carga) e robustez;
  • As mochilas de trekking ultralight focam no minimalismo e na leveza;
  • Os alforges de cicloturismo são planejados para não comprometer a estabilidade da bike, assim como as bolsas de bikepacking são desenhadas melhorar a aerodinâmica e mobilidade.

Apesar dos exemplos iniciais serem de atividades ao ar livre diferentes, neste artigo vou me aprofundar apenas nas mochilas para trekking.

Escolha técnica: mochila certa para cada modalidade

Marcas especializadas, como a deuter, que acumula mais de 125 anos de tradição, desenvolvem mochilas específicas para cada tipo de atividade ao ar livre.

As imagens a seguir mostram como a deuter segmenta sua linha de produtos de acordo com essas atividades. É possível observar a grande variedade de modelos disponíveis — sem contar as variações dentro de cada categoria!

Tipos de mochila por atividade

Tipos de mochila por atividade

Essa especialização permite que o praticante tenha mais conforto, eficiência e segurança ao utilizar uma mochila projetada exatamente para a modalidade que pratica.

Clima, altitude e estação do ano: fatores essenciais na escolha da mochila

Como visto anteriormente, um mesmo ambiente natural — como uma travessia em uma cadeia de montanhas — pode abrigar diferentes atividades ao ar livre. Mas há outro ponto crucial a se considerar: as condições climáticas e a época do ano.

Em um mesmo local geográfico, as condições podem variar bastante. Um trekking realizado no verão, com clima seco e temperaturas amenas, exigirá menos roupas (ou roupas mais leves) e um sistema de dormir mais leve e compacto. Já a mesma travessia no inverno pode demandar roupas de frio mais volumosas, sacos de dormir para faixas de temperaturas mais baixas e acessórios extras para enfrentar o frio intenso — exigindo, assim, uma mochila com maior volume e capacidade de carga.

Quando ampliamos a análise para ambientes distintos, entra em cena outro fator decisivo: a altitude. Atividades em alta montanha, como escalar o Aconcágua ou o Denali, exigem equipamentos mais específicos para aguentar o ambiente extremo. Portanto, mais pesados, volumosos e técnicos, o que impacta diretamente na escolha da mochila que vai transportá-los.

Ou seja, além da modalidade da atividade, o clima, o bioma, a altitude e a estação do ano são fatores determinantes para escolher a mochila ideal para cada situação.

Biomas brasileiros

Hiking x Trekking: qual a diferença?

Para podermos escolher a mochila adequada para um Trekking, é preciso entender melhor alguns conceitos. Dentre eles, quais tipos de caminhada ao ar livre existem.

Quando falamos em caminhadas, uma variedade de termos surge: hiking, trekking, backpacking, thru-hiking, randonnée, bushwalking, entre outros. A confusão é compreensível, pois as nomenclaturas mudam de país para país — e até mesmo entre praticantes.

Por trabalhar com marcas europeias como a deuter desde 2001, adotei aqui o conceito europeu, que distingue com clareza dois grandes grupos:

  • Hiking
  • Trekking

A diferença central: dormir em refúgio ou acampar

A principal distinção entre hiking e trekking está na autossuficiência e no pernoite:

  • Hiking: caminhadas realizadas sem necessidade de acampamento. Podem ser caminhadas de um dia (day hike) – como uma caminhada na Floresta da Tijuca (RJ) –, ou caminhadas de dois ou mais dias (multi-day hike), como o Caminho de Santiago de Compostela, onde dormimos em albergues.
  • Trekking: caminhadas de dois ou mais dias com pernoites acampando, exigindo que o praticante leve sistema de abrigo, de dormir e de cozinha, dentre outros.

Trekking – o foco deste artigo

Como o trekking é caracterizado por ser uma caminhada com pernoite acampando, de dois ou mais dias, o praticante deve ser autossuficiente. Ele deve levar seu sistema de abrigo (barraca ou tarp ou rede e etc), de dormir (saco de dormir, isolante térmico e etc), de cozinha (fogareiro, panela e etc) e demais itens.

O trekking pode ser praticado em diferentes estilos, classificados de acordo com o peso base — tema que abordaremos mais à frente.

Um exemplo didático: Travessia Petrópolis x Teresópolis

A clássica travessia no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) é um excelente exemplo da variedade de abordagens:

Trail Run: Travessia feita correndo em 1 dia, com mochila leve;
Day Hike: Caminhada em 1 dia, saindo bem cedo e chegando no mesmo dia;
Multi-day Hike: Caminhada em 3 dias, dormindo nos refúgios do parque;
Trekking: Caminhada em 3 dias, com acampamento nos pontos designados.

Esse exemplo mostra como uma mesma travessia pode ser vivenciada de maneiras completamente diferentes, e cada uma delas exigirá uma mochila com características específicas.

Travessia Petrópolis - Teresópolis - Foto: Mario Nery

Travessia Petrópolis-Teresópolis – Foto: Mario Nery

Tipos de trekking: classificação pelo peso base

O peso base é tudo o que está na mochila, excluindo os consumíveis (comida, água e combustível). A classificação dos tipos de trekking com base no peso base é a seguinte:

Gráfico do peso base

Quanto mais leve for o equipamento, menor pode ser a mochila — mas é fundamental manter a segurança (e o conforto, na medida do possível), especialmente em climas frios.

Vale destacar que, no gráfico acima, incluí os pesos em ponds, pois esta classificação foi feita nos EUA e, para ficar mais fácil, coloquei a conversão em kg.

Classificação das mochilas por volume

Tradicionalmente, no Brasil, as mochilas são divididas em:

  • Mochilas de Ataque: até 35 litros
  • Semi-Cargueiras: entre 35 e 50 litros
  • Cargueiras: acima de 50 litros

Com a popularização do trekking ultralight (UL), mochilas com o volume de mochilas de ataque passaram a ser usadas também em trekkings autossuficientes — desde que os equipamentos sejam leves e compactos.

Como escolher sua mochila para trekking

Agora que ficou mais claro por que existem tantos tipos de mochilas para diferentes atividades, estilos e contextos, entramos no ponto central deste artigo: como escolher a mochila ideal para o seu trekking.

Um dos erros mais comuns cometidos por quem está começando (e até por praticantes experientes) é começar pelo fim: escolher a mochila antes de definir o restante dos equipamentos. Mas o processo correto é exatamente o oposto.

A mochila não é um ponto de partida, mas sim uma resposta final a uma série de decisões prévias. Afinal, é impossível saber qual mochila você precisa sem antes conhecer o volume e o peso de tudo aquilo que irá carregar: barraca, saco de dormir, roupas, utensílios de cozinha, comida, água e combustível.

Por isso, o primeiro passo é dimensionar o conteúdo da mochila — e isso inclui tanto o peso base (equipamentos dentro da mochila) quanto os consumíveis (itens que serão usados ao longo do tempo, como comida e água). Mesmo um peso base leve pode ser acompanhado por um volume significativo de consumíveis, dependendo da duração e das características da trilha, o que exigirá uma mochila maior e com maior capacidade de carga.

Capacidade de carga x volume

Ao escolher uma mochila, dois fatores principais devem ser levados em conta:

  1. Volume interno (em litros): define o espaço total disponível para organizar e armazenar os itens.
  2. Atenção: Algumas marcas, principalmente as de trekking ultralight, consideram o volume total incluindo os bolsos externos de tela.

  3. Capacidade de carga (em kg): indica o peso máximo que a mochila consegue transportar com conforto, e não apenas o quanto ela “aguenta” estruturalmente.

Aqui entra um ponto essencial: capacidade de carga (e consequentemente conforto) não é sobre resistência da mochila, e sim sobre ergonomia. Uma boa mochila para trekking transfere a maior parte do peso para os quadris, por meio do sistema de transferência de carga (alças, costado e barrigueira), aliviando a carga dos ombros. Essa transferência eficiente pode chegar a 70% ou até 80% do peso total, reduzindo a fadiga e evitando dores — o que chamamos de redução do peso percebido. O peso percebido é o peso que sentimos nos ombros.

Por outro lado, há quem prefira mochilas mais leves e com estrutura mínima, mesmo que isso signifique carregar mais peso nos ombros. Essa escolha é válida — desde que seja consciente e de acordo com o estilo de trekking e os limites físicos do praticante.

Checklist: como escolher sua mochila para trekking

  1. Defina a atividade que você vai realizar (hiking, multi-day hike ou trekking autossuficiente);
  2. Analise o cenário: para onde vai, qual o bioma, clima, altitude e estação do ano;
  3. Escolha os equipamentos certos de acordo com esse cenário (abrigo, vestuário, sistema de dormir etc.);
  4. Planeje sua alimentação e defina o sistema de cozinha adequado (fogareiro, panela, combustível);
  5. Calcule o peso base: pese ou pesquise o peso dos equipamentos se ainda não os possui;
  6. Estime os consumíveis: água, comida e combustível necessários para os dias de trilha;
  7. Com esses dados em mãos, selecione mochilas com volume e capacidade de carga compatíveis;
  8. Por fim, refine a escolha com base nas características que você valoriza (bolsos na barrigueira, abertura frontal, acesso inferior, sistema de hidratação, fixação de bastões/piquetas etc.).

Mochilas deuter para trekking

Apesar de existirem uma infinidade de marcas de mochilas no Brasil e no mundo, apresento neste artigo as mochilas da deuter. Por ser uma marca com diversos modelos, conseguimos fazer comparações didáticas entre diferentes mochilas com base em volume, capacidade de carga e tipo de uso.

A deuter oferece mochilas com diferentes pesos, volumes e capacidades de carga — ou seja, o peso ideal que a mochila foi projetada para transportar com conforto. A seguir, veja os principais modelos indicados para trekking (incluindo mochilas tradicionalmente vistas como “de ataque”, mas que se encaixam dentro da lógica do trekking ultraleve):

Mochila para trekking Deuter Aircontact Pro

Aircontact PRO

  • Capacidade de Carga: até 30 kg
  • Tamanhos: 65+10 SL até 85+10 litros
  • Peso (Aircontact PRO 75+10): 2.920 g
  • Tipo de Trekking: expedição
  • Indicação: guias de montanha, expedições autossuficientes

Destaques:

  • Costado estruturado com ajuste VariSlide
  • Barrigueira VariFlex com zíper expansível e porta-garrafa retrátil
  • Tampa destacável que vira mochila de ataque
  • Acesso frontal total, bolsos expansíveis, capa de chuva inclusa

Assista ao vídeo: Tudo sobre a Deuter Aircontact PRO.

Mochila para trekking Deuter Aircontact Core

Aircontact Core

  • Capacidade de Carga: até 20 kg
  • Tamanhos: 35+10 SL até 70+10 litros
  • Peso (Aircontact Core 60+10): 2.310 g
  • Tipo de Trekking: tradicional
  • Indicação: guias de montanha, expedições autossuficientes

Destaques:

  • Ajuste de costado VariSlide
  • Bolsos grandes nas barrigueiras
  • Porta-garrafa retrátil na barrigueira (tamanhos maiores)
  • Acesso frontal em zíper J
  • Capa de chuva inclusa

Assista ao vídeo: Tudo sobre a Deuter Aircontact Core.

Mochila de trekking deuter Aircontact Lite

Aircontact Lite

  • Capacidade de Carga: até 15 kg
  • Tamanhos: 35+10 SL até 50+10 litros
  • Peso (Aircontact Lite 50+10): 1.640 g
  • Tipo de Trekking: light (leve)
  • Indicação: travessias com equipamentos mais compactos

Destaques:

  • Costado Aircontact com ventilação central
  • Estrutura leve com ajuste VariQuick
  • Divisor interno e bolsos expansíveis
  • Compatível com sistema de hidratação
  • Sem Capa de chuva inclusa

Assista ao vídeo: Tudo sobre a Deuter Aircontact Lite.

Mochila de trekking Futura Air Trek

Futura Air Trek

  • Capacidade de Carga: até 15 kg
  • Tamanhos: 45+10 SL até 60+10 litros
  • Peso (Futura Air Trek 50+10): 2.050 g
  • Tipo de Trekking: light (leve)
  • Indicação: trekking em climas quentes ou úmidos

Destaques:

  • Costado Aircomfort com alta ventilação
  • Ajuste VariSlide para diferentes tamanhos de torso
  • Bolsos frontais e laterais amplos
  • Acesso frontal por zíper
  • Capa de chuva inclusa
  • Ideal para quem transpira bastante

Assista ao vídeo: Tudo sobre a Deuter Futura Air Trek.

Mochila de trekking deuter Aircontact Ultra

Aircontact Ultra (35+5 SL até 50+5)

  • Capacidade de Carga: até 12 kg
  • Tamanhos: 35+5 SL até 50+5 litros
  • Peso (Aircontact Ultra 40+5): 1.190 g
  • Tipo de Trekking: ultralight (ultraleve)
  • Indicação: trekking ultralight, Caminho de Santiago, multiday hikes

Destaques:

  • Costado com malha Air Spacer e ajuste Clip & Loop
  • Tampa e fitas removíveis para reduzir peso
  • Diversos loops externos para fixação de equipamentos
  • Estrutura resistente com baixo peso
  • Compatível com sistema de hidratação
  • Sem Capa de chuva inclusa

Assista ao vídeo: Tudo sobre a Deuter Aircontact Ultra.

Mochila de trekking deuter Trail Pro

Trail PRO

  • Capacidade de Carga: até 12-15 kg
  • Tamanhos: 34 SL até 36 litros
  • Peso (Trail PRO 36): 1.530 g
  • Tipo de Trekking: light (leve) / técnico
  • Indicação: trekkings curtos, via ferrata, escaladas técnicas

Destaques:

  • Costado Airstripes com ventilação e boa estabilidade
  • Estrutura compacta com bom acesso frontal
  • Bolsos laterais com zíper e stretch
  • Suporte para piqueta, sistema de para via ferrata e sistema de hidratação
  • Capa de chuva inclusa

Assista ao vídeo: Tudo sobre a Deuter Trail PRO.

Mochila de trekking deuter Speed Lite Pro

Speed Lite PRO

  • Capacidade de Carga: até 6–10 kg
  • Tamanhos: 28 SL e 30 litros
  • Peso (Speed Lite PRO 30): 760 g
  • Tipo de Trekking: ultralight (ultraleve) / fast & light
  • Indicação: travessias rápidas com pouco equipamento, speed hiking

Destaques:

  • Costado LiteAir com ventilação e leveza
  • Alças estilo colete com bolso para soft flask
  • Fixações para bastões e piqueta (1 lado)
  • Compartimentos internos e externos bem distribuídos
  • Compatível com sistema de hidratação

Assista ao vídeo: Checklist para um trekking light com a Speed Lite PRO.

Conclusão: uma escolha técnica alinhada à sua jornada

Escolher a mochila ideal para o seu trekking não é uma decisão isolada — é o resultado de entender profundamente o tipo de atividade que você vai realizar, os equipamentos que irá utilizar, e os desafios do ambiente natural que irá enfrentar. Volume e capacidade de carga são apenas números, se não estiverem alinhados com o seu estilo, objetivos e necessidades reais.

Ao compreender a lógica por trás das categorias de mochilas, dos diferentes tipos de trekking e das condições do terreno, você passa a tomar decisões mais conscientes — que impactam diretamente no conforto, segurança e prazer da jornada.

E se quiser se aprofundar ainda mais nesse tema, recomendo assistir à nossa live exclusiva “Trekking e a Mochila Ideal para cada Jornada”, disponível no Gear Tips Plus. No vídeo, mostro os diferentes estilos de mochila, compartilho experiências reais em campo e respondo dúvidas comuns de quem está começando — ou já está evoluindo em suas atividades ao ar livre.

Boa trilha — e que a sua mochila esteja sempre a serviço da sua jornada, nunca contra ela.

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Pedro Lacaz Amaral

Pedro Lacaz Amaral pratica atividades ao ar livre desde os anos 1980. Cursou Engenharia Química e Administração, com especialização em Marketing e BI. Esteve à frente no Brasil da CamelBak, Deuter, Sea to Summit e de outras marcas importantes por mais de duas décadas. Treinou mais de 14.000 pessoas em equipamentos para camping, hiking, trekking e trail running. Idealizou o Gear Tips em 2016, o Programa de Reciclagem de Cartuchos de Gás (vencedor do UIAA Mountain Protection Award 2023) e o Programa CAPACITAR (Gold Standard Program pela Leave No Trace em 2025 e finalista do UIAA Mountain Protection Award 2025). Seu propósito é colaborar na capacitação de profissionais e praticantes de atividades ao ar livre.

Artigos: 245

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